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Singularidade

Escultura

'Singularidade'


Arte do micro ao macro


A Obra


‘Nesta peça de arte as ondas gravitacionais se convergem para um ponto ou se propagam a partir dele, todavia a ideia é apresentar um lugar onde a matéria e o significado das coisas e da vida parecem perder o sentido, algo difícil de entender.


Próximo ao centro desta obra há o desejo de olhar e desvendar, todavia a possibilidade de descobrir o oculto ou observar o que vai além, se desfaz: não há ausência, nem descobrimento, há um reflexo.


A singularidade se revela num encontro inesperado: o próprio observador – olho a olho. A partir de agora, o 'buraco negro' não devora, mas devolve: cada olhar se torna parte da obra, e cada indivíduo pode refletir sobre si e sobre o universo em que se encontra, seja ele qual for, e da forma que quiser.'



O processo


Quando peguei nas mãos estes pequenos discos o que me chamou a atenção prontamente foram os círculos em relevo que remetiam facilmente a ondas em propagação, pensei rapidamente em ondas de rádio, do mar e eletromagnéticas e mais algumas que não me lembro agora, porém com o olhar mais atento sobre as formas, a rugosidade e o centro vazio da peça, passei a ver, não sei porque, ondas gravitacionais, a partir daí começou a viagem artística buscando de alguma forma associar as ondas pelo tempo-espaço, como as criadas pelo encontro de buracos negros (singularidade cósmica) à nós seres humanos, indivíduos, únicos, ímpares, singulares.



Singularidades


Do ponto de vista da física num buraco negro todas as leis da física, como as conhecemos, deixam de fazer sentido, pois a sua densidade é infinita e sua gravidade é tão intensa que passada a 'linha' do que é conhecido como horizonte de eventos, nem a luz pode escapar. Em contrapartida, apesar de o ser humano não ser considerado pela ciência clássica como uma singularidade entendo que nossa capacidade cognitiva única, bem como a nossa biologia nos faz, de alguma forma uma singularidade. Somos uma manifestação única de existência inteligente dentro de todo o cosmo, ao menos no cosmo conhecido por nós até hoje, não vejo como isso não possa ser considerado uma singularidade.



Outros pontos: do micro ao macro


Em nossa pequenez humana somos, em grande parte, feitos de carbono, um dos elementos mais abundantes no universo e isso nos conecta, nos torna parte integrante deste vasto e imenso desconhecido.


Quando a consciência se for e o corpo deixar de funcionar nossa matéria não deixará de existir, ela apenas será transformada e continuaremos a fazer parte deste todo, apenas de outra forma.



Ficha Técnica


Obra

Escultura


Nome

‘Singularidade’


Ano de criação

2025


Registro Interno (MM)

200280-1205


Dimensões:

Peça 01

21 x 29 x 37 cm | 2130 gramas


Peça 02

21 x 20 x 29 cm | 1760 gramas


Materiais:

Polímero, tinta acrílica e base em madeira maciça (tronco de árvore).










Singularidade

© Mauricio Mendes | 2022

São Paulo - Brasil

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